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Especialista em Direito Empresarial, Especialista em Fundamentos da Educação e Docência no Ensino Superior, Doutoranda em Ciências Jurídico Sociais pela UMSA – Universidad del Museo Social Argentino. Email: larissa_carvalho@hotmail.com

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

TJMG - Síndico terá que indenizar moradores


O síndico de um prédio em Contagem terá que indenizar quatro moradores em R$ 3 mil por danos morais, para cada um, por abuso de suas funções. A decisão é da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que confirmou a decisão da juíza Marcela Oliveira Decat de Moura, da 4ª Vara Cível de Contagem.

 

Os moradores ajuizaram a ação alegando que o síndico os perseguia, aplicando multas indevidas e denegrindo sua imagem perante terceiros. Tudo começou após a realização de uma reforma na garagem do prédio. O orçamento inicial era de R$ 5 mil, mas com o decorrer dos trabalhos passou de R$ 14 mil, o que levou os quatro condôminos a exigir prestação de contas. A partir daí o síndico passou a aplicar as multas e a enviar cartas a todos os condôminos do prédio denegrindo a imagem deles.

 

A juíza entendeu que houve ofensa aos moradores e estipulou o valor da indenização em R$ 3 mil para cada ofendido.

 

O síndico recorreu ao Tribunal de Justiça. A relatora, desembargadora Ângela de Lourdes Rodrigues, entendeu que "é devida indenização por danos morais pelo síndico que ultrapassa suas funções, aplica multas indevidas e expõe vexatoriamente os requerentes perante os demais condôminos".

 

A relatora observou que posteriormente as multas foram declaradas nulas pelo próprio síndico, em processo judicial.

 

"A conduta arbitrária do apelante ultrapassou os limites do aceitável pelo homem comum, causando lesão à personalidade dos requeridos", afirmou a desembargadora. "A divulgação de 'orientações' a todos os condôminos e em especial aos apelados, com ameaça de serem tomadas as medidas possíveis em lei, 'para que as autoridades judiciais evitem danos ou uma futura tragédia entre moradores' é suficiente para afetar a tranquilidade e violar a honra e boa fama dos requeridos junto aos demais condôminos", concluiu.

 

Os desembargadores Cabral da Silva e Veiga de Oliveira votaram de acordo com a relatora.


Publicado em 12 de Janeiro de 2015 às 14h38

 

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

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